Presidente Trump e
outras esquisitices geopolíticas
21/11/2016, Scott Humor, The Vineyard of the Saker
Tradução pelo Coletivo de Tradutores da Vila Vudu
Donald Trump venceu a eleição presidencial, apesar de as pesquisas
indicarem que Hillary Clinton 'estava eleita'. Explicação frequente para isso é
que alguns tiveram medo de admitir aos pesquisadores que apoiavam Trump — o que
tem sido chamado de fenômeno dos "Trumps tímidos". Revisão
desses números contudo sugere que, mais provavelmente,
as pesquisas não souberam ver Trump corretamente.
"Eleitores Trumps Tímidos começaram a sair do armário ao longo da eleição" – disse Matthew Oczkowski, diretor de produto da Cambridge Analytica.
Resumo disso é que Trump saiu-se melhor do que as pesquisas previam, mas seu desempenho nada parece ter a ver com algum efeito "Trump Tímido". Mais parece que as pesquisas subestimaram Trump por razões mais convencionais, como subestimar as dimensões da base Republicana, ou por não conseguir capturar o quanto aquela base ampliou-se no final da campanha.
Outra explicação para o "fenômeno Trump" que está sendo introduzida pela mídia-empresa liberal é que os "norte-americanos brancos" sabe-se lá por quê, decidiram unir-se contra a crescente ameaça de um "governo das minorias".
Outra explicação, menos etnicamente separatista, é "muita gente que se decidiu no último momento", eles/elas saltaram da cama e no último momento correram às urnas para votar. O mesmo Washington Post também diz que "um eleitorado que realmente parecia posicionado a favor de eleger Clinton mudou-se para Trump no último momento."
Ok, o papel da comunidade de inteligência dos EUA na vitória de Trump foi imenso. Mas escreverei sobre isso mais tarde.
Agora, digo-lhes exatamente como Trump venceu
Primeiro, examinemos a previsão de FiveThirtyEight para essas eleições, que é uma ferramenta para criar uma falsa realidade, torcer a cabeça dos eleitores e desequilibrá-los mentalmente:
Quem será o próximo presidente? Chances de vitória
Hillary Clinton – 71.2%
Trump – 28.6%
Votos eleitorais
Hillary Clinton – 302.2
Donald Trump – 235.0
Examinemos também o seguinte…
Uma conversa típica, na qual tropecei no Twitter
Conversa entre Andrea Chalupa e seus seguidores. Lembro-me de D. Chalupa de 2014, quando se tornou a face visível de uma campanha que teve vida curta online e levava o nome de "Digital Maidan." Naquele momento, ela era apresentada como "cofundadora de Digital Maidan, movimento online que pôs o evento ucraniano no 1º lugar dos tópicos mais repetidos no Twitter em todo o mundo."
Havia várias "campanhas" inclusive convocando para ataques online pessoalmente contra o presidente Putin. Havia também várias convocações de clara disseminação de ódio. Mensagens russofóbicas. A quantidade de mensagens de ódio racista nessas 'campanhas' foi tal, que bem se pode defini-las como campanhas racistas de inspiração nazista.
Naquele momento, o nome de D. Chalupa aparecia como editora adjunta de Vanity Fair e outras revistas do grupo Condé Nast.
Não faço ideia de como ou por que uma empresa aparentemente respeitável, dedicada ao mercado de luxo, como Condé Nast, teria algo a ganhar com associar seu nome e sua marca àquela 'Digital Maidan' racista, russofóbica e fascista e à "cofundadora" do 'movimento' Andrea Chalupa. Mas, afinal, nem é tão surpreendente, se se considera que Huffington Post, outra publicação que odeia furiosamente o povo russo, também conta com D. Chalupa entre seus autores e colunistas.
Hoje, D. Chalupa novamente obra a favor de Clinton, a derrotada, conclamando as massas a violar a Constituição dos EUA.
Ainda não falamos nem perto de o suficiente contra a danosa influência que os chamados "ucranianos étnicos" que vivem nos EUA têm sobre a política externa e a política doméstica norte-americana. Escrevi "chamados" porque, segundo as histórias familiares da maioria deles se trata de descendentes daqueles seguidores do talmudismo do século 18 nascidos no território da Rússia Ocidental (Malorossia) e Polônia. Quem tiver provas de algo diferente disso, que apareça.
Mas, voltemos às nossas ovelhinhas.
Uma conta de Twitter em nome de Miss Ervilha, que usa a imagem de um crânio humano como avatar, tuíta para Dona Chalupa e outros:
"Enquanto ainda há tempo, a Casa Branca de Obama deve proteger o povo dos EUA contra o golpe FBI/extrema-direita e Rússia."
– Como, exatamente, você propõe que seja feito?
– Veja isso: Dra. Jill Stein num jantar pago pelo Estado russo, celebrando o 10º aniversário de um canal de TV de RT (1/2)
– Você acha que é todo o FBI? Há os nomeados por Bush, a turma de Rudy e então o establishment da
Casa Branca?
– É principalmente o escritório do FBI em NY, amiguinhos velhos de Giulianni
– É principalmente o escritório do FBI em NY, amiguinhos velhos de Giulianni
– Disseram-nos que o FBI estava dividido e que muitos não concordam com o que Comey fez. Pelo menos, há alguns decentes."
Essa conversa ia longe. Salvei algumas imagens da tela, claro.
Tudo isso considerado, as explicações de por que Trump venceu são as seguintes:
- Rússia fez
as pessoas votarem 'nele' , não 'nela';
- O fenômeno "Trumps Tímidos". Em outras palavras, as
pessoas teriam tido vergonha de admitir que apoiavam o candidato.
"Tímidos" está promovendo a ideia que a luta contra a agenda do
globalizamento seria luta pecaminosa e, portanto, de causar vergonha;
- Eleitores sonolentos saíram da cama no último minuto, ou correram a votar, mal
saídos do trabalho;
- Complô do FBI;
- "Americanos Brancos" em revolta contra as políticas de
Obama;
- Um fenômeno de "o candidato certo não apareceu." A ideia de que
Clinton foi candidata errada para o Partido Democrata. A vitória eleitoral
de Trump pode ser vista como derrapada puramente técnica, causada pelo
problema do Candidato que Não Apareceu.
Tudo que aí se lista é nonsense. Enrolado e embalado em terminologia suposta 'atual', mas nem por isso menos nonsense
Toda a minha vida fui e sou Republicano, mas quase nunca apareço nas reuniões do Partido, apesar do vinho que distribuem e da abundância de cubinhos de queijo para comer. Quando vou, é para saber o que o pessoal anda dizendo e em quem votar em eleições iminentes, quem os Republicanos querem eleger para o Senado e para a Casa Branca.
Se você nunca assistiu a reuniões do Partido Republicano, veja aqui como são, nesse vídeo muito realista.
Ano passado, antes da primária do Partido, fui à reunião e perguntei ao presidente do diretório local dos Republicanos quem o Velho Grande Partido [ing. GOP] endossava como candidato possível à presidência. Resumo: tínhamos seis Republicanos no mesmo páreo.
No instante em que perguntei quem eu devia apoiar, algo estranho aconteceu. O homem puxou-me para fora, pela manga, até um local onde não havia praticamente ninguém, sempre olhando em volta, querendo assegurar-se de que ninguém o ouvia e sussurrou: "Oficialmente, não endossamos nenhum candidato esse ano. Extra oficialmente, o Partido recomenda o voto em Trump. Mas não conte a ninguém. É nossa estratégia secreta. Não queremos que os Democratas saibam. E também não queremos que alguns Republicanos saibam. Essa eleição não terá campo marcado. Não queremos atrair a atenção deles para a candidatura de Trump. Vamos deixar que pensem que é candidato marginal, não endossado pelo Partido. Tenho certeza de que você fará a coisa certa: vote em Trump, mas não diga a ninguém. Os líderes do Partido estão falando pessoalmente com cada Republicano."
Essa linha estratégica foi fielmente seguida durante todo o ciclo eleitoral. Várias vezes depois dessa conversa, ouvi gente perguntando pelo candidato que o Partido Republicano apoiava. A resposta sempre era "não apoiamos nenhum deles, mas se você quiser falar sobre isso, conversamos depois da reunião."
Seria possível, pelo menos, que milhões de Republicanos tenham mantido o segredo? Sim. A eleição de 2016 converteu-se em exemplo clássico de unidade produtiva diante de terrível adversidade. Nas reuniões, o clima era de contenção e reserva. As pessoas posicionavam-se como se estivessem defendendo a própria vida. Republicanos em massa compreenderam que Trump e o pessoal dele eram a única chance para retomar os EUA das garras da ocupação pelos globalistas. Alguns, leitores do Saker, Wikileaks, ZeroHedge e InfoWars, sabiam que essa era a única chance real de impedir a guerra mundial.
De minhas conversas com nosso presidente local, depreendi que se os Republicanos expusessem o quão desesperadamente o país precisava da vitória de Trump, o ataque dos liberais Democratas e da esquerda liberal seria absolutamente descomunal.
Fazer as coisas como se Trump fosse apenas esse sujeito esquisito que gastou a própria fortuna na campanha, ajudou a desviar as atenções. E assim os norte-americanos Republicanos mostraram-se tão disciplinados e convictos da importância da própria estratégia, que ninguém vazou nossa estratégia para a mídia clintoniana.
Depois que Donald Trump venceu a primária dos Republicanos por vasta margem e foi indicado candidato à presidência, todas as vezes que apareci em reunião do Partido, ouvi nosso presidente anunciar "com profunda tristeza", que mais um apparatchik desertara e se bandeara para o lado escuro da força.
Diziam que não concordavam com a candidatura Trump. Também diziam que Trump não os representava. Para culminar, alguns Republicanos de alta plumagem saíram e renegaram o próprio partido. Declararam que apoiar Trump havia sido "enorme erro". Foi quase como se se comprometessem publicamente a votar em outra pessoa, em nome de outra agenda política.
O mesmo aconteceu em parte na Europa, onde políticos por livre e espontânea vontade puseram-se a ofender Trump publicamente. Os membros da junta de Kiev, esses, puseram-se a ofendê-lo em altos brados. Desnecessário dizer, todos depois gastaram horas apagando das respectivas contas nas mídias sociais as respectivas declarações anti-Trump.
Mídia-empresa se auto-des-santificou
E assim aconteceu que Trump nada deve a ninguém, exceto a quem votou nele e a seus importantes apoiadores como Wikileaks e Infowars. Posso dizer também com satisfatória certeza que Trump não recebeu só o apoio moral da comunidade de inteligência, do FBI em particular. Além do apoio, a comunidade de inteligência desenvolveu um plano multianual que tem de ser executado sob máximo sigilo, para não atrair excesso de fogo contra o candidato.
Foi o FBI quem vazou "e-mails de Hillary" para Wikileaks. Quanto ao "envolvimento dos russos" nisso... O que aconteceu faz-me lembrar plano muito similar para livrar-se de liberais que estavam no poder aplicado antes, na Rússia.
É quase como se a inteligência russa tivesse partilhado com o FBI não só informações sobre terrorismo, mas também a informação prática sobre como preparar e desenvolver campanha eleitoral para candidato, que alcançasse dois objetivos: fazer o candidato a presidente voar abaixo do radar da mídia-empresa liberal; e levá-lo à vitória, mesmo assim. Campanha desse tipo – como a que elegeu Trump – absolutamente nada tem a ver com estilo norte-americano tradicional.
Uma coisa é certa: sem a vitória de Putin, não haveria vitória de Trump.
Mais links para o Relatório de Situação (Situation Report, SITREP):
· Entrevista de Michael T. Flynn, tenente-general
do Exército dos EUA (aposentado), ex-diretor da Agência de Inteligência da
Defesa [ing. Defense Intelligence Agency, DIA]
· General do Corpo de Marines (aposentado)
James Mattis, visto como principal nome cogitado para o posto de secretário da
Defesa, também insistiu que os EUA estão
pagando um preço alto no Oriente Médio, por causa do apoio que dão a Israel
Democratas liberais: "Tom Nichols, professor da Academia de Guerra Naval dos EUA (e campeão de Jeopardy) publicou coluna em Daily Beast em janeiro sobre como as elites midiáticas criaram Trump, [ao] "calarem completamente toda e qualquer expressão política de norte-americanos com os quais aquelas elites discordassem." Segundo Nichols, o politicamente correto acendeu um lança-chamas contra o espaço público e aniquilou o centro." Escrevendo em Mother Jones, Kevin Drum concordou: "nós liberais tendemos a gritar contra o racismo mais do que o justo. E também tendemos a sugerir que qualquer um que ame Jesus ou armas pesadas seria caipira retrógrado."
· Donald Trump To Bring Adviser With Rússia Ties (em briefing sigiloso). Tenente-general
aposentado Michael Flynn reúne-se com Trump na 4ª-feira em sessão top-secret.
· Veja como os
liberais preparam-se para pedir o cancelamento dos resultados eleitorais: aqui
está a indiscutível propaganda reunida por Esquire magazine. "Como Rússia
aplicou o maior golpe eleitoral de toda a história dos EUA". O artigo
desqualifica o Partido Republicano e 50% dos eleitores norte-americanos como
"agentes de Putin". Os liberais e neoconservadores preparam o terreno
para exigir a anulação dos resultados eleitorais, sob o argumento de que Trump
seria apoiado pela Rússia (e para favorecer a candidata apoiada por Soros – o
qual, já que falamos dele, não é cidadão dos EUA).
· The Kincannon Show @kincannon_show: repórter da CNN me
conta que Hillary atacou fisicamente, com violência, Robby Mook e John Podesta
mais ou menos à meia-noite; teve de ser contida 'com firmeza'.
· Federal Spy Guy @FederalSpyGuy há 20 horas, 20 minutos: Podesta disse
a ela que tinha de falar aos seus seguidores. Ela (bêbada como gambá)
(supostamente) teria dito: "Que se fodam. Vá você".
Falsos protestos anti Trump, em ônibus de grupos patrocinados por Soros, em
Chicago
Mais algumas esquisitices geopolíticas
Nenhuma nação ocupada – exceto a Rússia, única exceção – foi jamais capaz de se autolibertar sozinha. Todos os países ocupados do mundo sempre precisaram de ajuda externa para se libertarem. Agora, os países em todo o mundo, como Alemanha, França, Grécia, Bulgária, Síria e EUA e até a Coreia do Sul lutam para se libertarem, com auxílio da Rússia.
Quem auxiliou a Rússia? Acho que quando a Rússia estava despencando pelo abismo, nos anos 1990s, o país foi ajudado pelas potências divinas, pela comunidade de inteligência russa e pela volta do país à religião Cristã Ortodoxa. O mesmo se pode ver, com pequenas variações, em outros países.
· E por que seria
diferente? 84%
da população da Ucrânia são russos
· Rabino Zemel disse que não faria política em suas orações. Trump venceu.
O rabino pôs-se em prantos no momento das orações (de Julie Zauzmer)
"Quero
aprender sobre desobediência civil. Penso que chegamos a um ponto em que
talvez tenhamos de aprender" – disse Zemel. Mas no front político, o
rabino planeja liderar a congregação de sua sinagoga para ação direta contra o
governo Trump.
Glorioso é assistir
aos Baby Boomers [filhos da Segunda Guerra Mundial] quando
veem rejeitada sua ideologia de traição. Donald Sutherland ajoelha-se e pede
perdão por ser um "fucking macho branco."
Sarkozy já foi varrido no
primeiro turno das primárias presidenciais para escolher o candidato da direita
francesa – resultados parciais
Merkel para a Sibéria &
Putin para Berlin 15/9/2015, manifestação da PEGIDA [al. Patriotische
Europäer gegen die Islamisierung des Abendlandes; Europeus Patriotas contra a
Islamização do Ocidente (em português): organização que se opõe à imigração de
muçulmanos para a Alemanha]
Ulf Bjerén diz que a Crimeia não foi anexada, mas democraticamente
reintegrada à Rússia
Obrigado pela atenção. Se cuidem.
Obrigado pela atenção. Se cuidem.
Scott
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