Enquanto a Rússia
defende a civilização na Síria, o ocidente se alinha aos bárbaros.
O concerto oferecido pela Rússia em Palmira foi um tapa na cara do barbarismo do Estado Islâmico e da indiferença cínica do ocidente.

por The Saker ●●●●● tradução de btpsilveira
13 de Maio de 2016 – "Information
Clearing House" - "The Duran" O
recente concerto promovido pela Rússia em Palmira foi evento impregnado de
profundo simbolismo. Mesmo tendo sido os sírios que liberaram a antiga cidade e
mesmo que os russos tenham apenas providenciado apoio, esse apoio foi crucial e,
além disso, não foi apenas Palmira que a Rússia salvou, mas a nação síria em si
mesma. Pode-se mesmo argumentar que os russos em Palmira não salvaram apenas a
Síria, mas toda a civilização.
Imagine-se
como um extraterrestre observando nosso planeta a partir do espaço. Você não
apenas presenciaria as inacreditáveis atrocidades cometidas pelos psicopatas
comedores de fígado do Estado Islâmico, mas também poderia observar que o
Império que governa grande parte do planeta e a assim chamada civilização
ocidental, que moldou o mundo moderno mais que qualquer outra, dão total apoio
ao Estado Islâmico.
Você poderia
ver os mísseis TOW dos Estados Unidos usados contra o único exército capaz de
se erguer contra o Estado Islâmico e você veria todos os países que formam o
assim denominado “concerto da nações” (excluindo-se apenas cerca de 1/3 dos
países do mundo) clamando pela derrubada do presidente da Síria, mesmo tendo
ele sido eleito de forma legal e legítima e mesmo que isso signifique ver a
bandeira negra do Estado Islâmico desfraldada sobre Damasco.
Você poderia
ser espectador do genocídio de cristãos, enquanto o mundo (supostamente)
cristão olhava para o lado e o genocídio de todos os muçulmanos não Takfiris
enquanto o mundo (supostamente) muçulmano também olhava para o outro lado. Você
poderia assistir ao auto descrito “Líder do Mundo Livre” condenar uma
intervenção extremamente militar limitada da Rússia e poderia ver um membro da
mais poderosa aliança militar global (Turquia) fazer milhões de dólares comercializando
petróleo roubado, junto com o Estado Islâmico.
Esta listagem poderia continuar
de forma indefinida, mas penso que podemos concordar que qualquer observador
extraterrestre que estivesse vendo tudo isso poderia ser assaltado por um
ataque de nojo pela raça humana.
Mas então, você poderia ver um país – a Rússia – não apenas
ajudando a libertar a velha cidade histórica de Palmira das garras das bestas
demoníacas que tentaram destruí-la, bem como possibilitando o retorno de seus
habitantes ao limpar o terreno das minas e explosivos ali deixados. Finalmente,
você veria a Rússia trazer seus melhores músicos para render uma comovente
homenagem àqueles que foram mortos e torturados não apenas pelo Estado
Islâmico, mas também por aqueles que criaram e sustentam essa organização
terrorista, que seja, o Império Anglo Sionista.
Não se trata de coincidência. Os
russos escolheram um dos grandes compositores da humanidade, e dele, uma de
suas maiores composições para mostrar, acredito, que a humanidade não é apenas
horror, maldade, mentiras e morte, mas que a civilização ocidental também
produziu algumas das mais refinadas, espirituais e belas obras de arte de todos
os tempos. Apenas a música transcendental de Bach poderia representar uma voz
poderosa a levar beleza para o mesmo lugar onde o Estado Islâmico organizara
execuções em massa. A mensagem é a seguinte: “vocês querem destruir a
civilização e a beleza – e nós te mostramos Bach!”
Usar Bach como “arma de
civilização” é tão importante neste contexto quanto os SU-34 e mísseis de
cruzeiro foram para a “guerra cinética” contra o terrorismo.
É nada menos
que irônico que a Rússia, que nunca fez parte efetivamente do “Mundo Ocidental”,
tivesse sido a única a levar Bach até as ruínas de Palmira. Tivessem os
(norte)americanos resolvido organizar um concerto, eles jamais se incomodariam
com Palmira ou com o povo sírio – levariam as canções de Toby Keith (cantor de
músicas country – NT) para os soldados dos Estados Unidos em uma base militar
qualquer (ou fariam algo semelhante). Os russos, por outro lado, tocaram Bach
em Palmira.
Hoje, a Rússia se tornou o padrão
da civilização. Até mesmo da ocidental.
The Saker
:)
ResponderExcluirA loucura da idolatria ao "deus-capital" vai levar a espécie humana à destruição.Os verdadeiros humanos devem se rebelar antes que seja tarde...
ResponderExcluirOs EUA não são exemplo para ninguém.Viva aos que se contrapõem a este império do mal.
ResponderExcluirA loucura da idolatria ao "deus-capital" vai levar a espécie humana à destruição.Os verdadeiros humanos devem se rebelar antes que seja tarde...
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