A bomba atômica em Hiroshima foi um ato premeditado de assassinato em massa
Há outra Hiroshima a caminho... a menos que a impeçamos agora.
Texto de John Pilger, no site ICH, com
tradução de btpsilveira
Às oito e quinze da manhã de 06 de agosto de 1945, ele e sua silhueta foram gravadas a fogo no granito.
Fiquei olhando para a
sombra por uma hora, pouco mais, depois fui para a beira do rio, onde os
sobreviventes ainda vivem em barracos.
Conheci um homem
chamado Yukio, que teve gravado no peito o padrão da camiseta que vestia quando
a bomba atômica explodiu.
Ele descreveu o
brilho intenso sobre a cidade “uma luz azulada, parecida com um curto circuito”
em seguida um vento violento como um tornado e uma chuva negra. “Fui atirado
contra o chão e percebi que só restaram os talos de minhas plantas. Tudo estava
silencioso e quando me levantei, havia pessoas nuas, ninguém dizia nada. Alguns
deles não tinham pele ou cabelo. Tive a certeza de ter morrido”.
Tentei encontrá-lo ao
retornar nove anos depois, mas ele tinha morrido de leucemia.
O jornal The New
York Times estampou a seguinte manchete em 13 de setembro de 1945: “Não há
radioatividade nas ruínas de Hiroshima”, um exemplo clássico de desinformação.
William H. Lawrence relatou que “o General Farrel negou categoricamente que [a
bomba atômica] produzira radioatividade duradoura.”
Apenas um repórter
australiano, Wilfred Burchett, teve a coragem de fazer a perigosa viagem para
Hiroshima logo após a explosão da bomba, desafiando as autoridades que ocupavam
o Japão e controlavam os “dossiês da imprensa”
“Escrevi para alertar
o mundo”, relatou Burchett no jornal londrino Daily Express em 05 de
setembro de 1945. Sentado nas ruínas com sua pequena máquina de escrever,
descreveu as enfermarias cheias de pessoas sem feridas aparentes que morriam do
que ele apelidou de “praga atômica”.
Isso motivou a perda
de sua credencial de imprensa, ele foi ridicularizado e difamado. Porém seu
testemunho da verdade jamais foi esquecido.
O bombardeio atômico
de Hiroshima e Nagasaki foi um ato premeditado de assassinato em massa,
desencadeado por uma arma de criminalidade intrínseca. Tentou-se justificar a
ação através de mentiras que formam a base da propaganda de guerra no século
21, mas desta vez visando um novo inimigo e alvo – a China.
Nestes 75 anos desde
Hiroshima, a mentira mais resiliente é que a bomba atômica foi lançada para
acabar com a Guerra no Pacífico e para salvar vidas.
A Investigação dos
Bombardeios Estratégicos pelos Estados Unidos de 1946 concluiu que “mesmo sem
os ataques nucleares, a supremacia aérea sobre o Japão poderia ter exercido
pressão suficiente para levar a uma rendição incondicional e evitar a
necessidade de invasão. Baseado em uma investigação detalhada de todos os fatos
e com o apoio do testemunho de líderes japoneses sobreviventes envolvidos na
questão, é opinião desta investigação que ... o Japão teria oferecido rendição
mesmo se as bombas atômicas não fossem lançadas, mesmo se a Rússia não tivesse
entrado na guerra [contra o Japão] e mesmo se não houvesse invasão planejada ou
prevista.”
O Arquivo Nacional em
Washington contém documentos que atestam as tentativas de paz pelo Japão desde
1943. Não foram levadas em conta. Um telegrama enviado em 05 de maio de 1945
pelo embaixador da Alemanha em Tóquio e interceptado pelos Estados Unidos torna
claro que os japoneses estavam desesperados pela paz, aceitando até a
“capitulação, mesmo que os termos sejam duros”. Nada foi feito.
O Secretário de
Guerra, Henry Stimson, disse ao presidente Truman que temia que a Força Aérea
dos EUA tivesse bombardeado tanto o Japão que a nova arma não conseguiria
“mostrar sua força”. Mais tarde, admitiu que “nenhum esforço foi feito e nada
foi seriamente considerado nem levado em conta em relação à eventual rendição,
apenas para poder usar a bomba [atômica].”
Os pares de Stimson
na política externa – mirando na era pós guerra que estavam moldando “à nossa
imagem”, como o planejador da Guerra Fria George Kennan disse em frase famosa –
tornaram claro que estavam ansiosos para “atemorizar a Rússia com a bomba
[atômica], feita exclusivamente às nossas custas”. O general Leslie Groves,
diretor do Projeto Manhattan, que fez a bomba atômica, testemunhou: “da minha
parte nunca houve ilusão de que não fosse a Rússia nosso inimigo. O projeto foi
conduzido nessa premissa.”
No dia após a obliteração
de Hiroshima, o presidente Harry Trumam vocalizou sua satisfação com o “sucesso
total” do “experimento”.
O “experimento”
continuou por muito tempo depois da guerra. Entre 1946 e 1958, os Estados
Unidos explodiram 67 bombas nucleares nas ilhas Marshall no Pacífico: o
equivalente a mais que uma Hiroshima por dia durante 12 anos.
As consequências para
seres humanos e meio ambiente foram catastróficas. Durante a filmagem de meu
documentário A Guerra Iminente Contra a China aluguei uma pequena aeronave
e voei para o Atol de Bikini nas Marshall. Foi nesse local que os EUA
explodiram a primeira Bomba de Hidrogênio. Ainda é uma terra envenenada. Meus
sapatos atingiram o nível “inseguro” pelo contador Geiger. As palmeiras
ostentam formas bizarras. Não há pássaros.
Caminhei através da
floresta até o bunker de concreto onde o botão foi apertado às 06h45 de
primeiro de março de 1954. O Sol, que havia nascido, nasceu novamente e
vaporizou toda uma ilha na lagoa, deixando um enorme buraco preto, que visto do
ar mostra um espetáculo aterrorizante: um vazio mortal rodeado pela beleza.
A precipitação
radioativa caiu rápida e “inesperadamente”. A história oficial afirma que “o
vento mudou subitamente”. Foi a primeira de uma série de mentiras, como mostram
os testemunhos das vítimas e os documentos confidenciais agora revelados.
Designado para
monitorar o local do teste, o meteorologista Gene Curbow disse: “eles sabiam
que a precipitação radioativa ocorreria. Mesmo no dia do teste, eles ainda tinham
a oportunidade de evacuar a população, mas isso não aconteceu; o povo não foi
evacuado... Os Estados Unidos precisavam de alguns porquinhos da índia para
estudar os efeitos que a radiação causaria.”
Exatamente como em
Hiroshima, o segredo das Ilhas Marshall é que era um experimento calculado
sobre as vidas de grande número de pessoas. Foi chamado de projeto 4.1, que
começou com um estudo científico de ratos e se tornou uma experiência com
“seres humanos expostos à radiação de uma arma nuclear”.
Os habitantes das
Ilhas Marshall que conheci em 2015 – exatamente como os sobreviventes de
Hiroshima que entrevistei nos anos 60 e 70 – sofreram muito com o câncer,
comumente câncer da tireoide. Milhares já morreram. Os abortos espontâneos e os
natimortos abundavam; os bebês que nasciam vivos frequentemente sofriam
deformações horríveis.
Ao contrário de
Bikini, o atol vizinho de Rongelap não tinha sido evacuado durante o teste com
a bomba H. Localizado na direção do vento a partir de Bikini, os céus de
Rongelap escureceram e choveu o que no início pareciam flocos de neve. Comida e
água ficaram contaminados e a população adoeceu com câncer. A doença ataca até
hoje.
Conheci Nerje Joseph,
que me mostrou uma foto ainda criança em Rongelap. Tinha queimaduras faciais
terríveis e grande parte de sua cabeça não tinha cabelo. “Nós estávamos tomando
banho nos poços no dia em que a bomba explodiu. Poeira branca começou a cair do
céu. Peguei um pouco do pó. Usamos como sabonete para lavar a cabeça. Dias
depois, meu cabelo começou a cair.”
Lemoyo Abon relatou:
“alguns de nós caíram em agonia. Outros tinham diarreia. Estávamos apavorados.
Pensei que era o fim do mundo”.
Um filme de arquivo
oficial dos EUA que coloquei em meu documentário chama os ilhéus de “selvagens
dóceis”. Na sequência da explosão, um agente da Agência de Energia Atômica dos
Estados Unidos foi visto se vangloriando que Rongelap “é de longe o local mais
contaminado do Planeta Terra”, acrescentando que “será bem interessante ter uma
medida da capacidade de absorção de radiação pelos seres humanos que vivem em
meio ambiente tão contaminado”.
Cientistas
(norte)americanos, entre eles médicos, construíram carreiras brilhantes
estudando a “capacidade de absorção humana”. Eles foram vistos em filmes
bruxuleantes, com seus jalecos brancos, atentos com suas pranchetas. Quando um
ilhéu adolescente morria, sua família recebia um cartão de pêsames dos
cientistas que o estudavam.
Fiz relatos sobre
cinco “zonas de impacto” nucleares através do mundo – no Japão, nas Ilhas
Marshall, em Nevada, Polinésia e Maralinga, na Austrália. Ainda mais que com
minha experiência de correspondente de guerra, o que isso me ensinou foi a
crueldade e imoralidade das grandes potências: isto é, o poder Imperial, cujo
cinismo é o grande e real inimigo da humanidade.
Fiquei muito
impressionado quando filmei a zona de impacto de Taranaki em Maralinga, no
deserto australiano. Numa cratera achatada havia um obelisco onde estava
escrito: “uma bomba atômica britânica foi testada em uma explosão aqui, em 09
de outubro de 1957”. Na beira da cratera havia uma placa:
CUIDADO: PERIGO DE
RADIAÇÃO
O nível de radiação
por centenas de metros
A partir deste ponto
pode estar acima do considerado
Seguro para ocupação
permanente
Até onde a vista
alcançava o terreno estava irradiado. Pó de plutônio bruto jazia no chão como
talco: o plutônio é tão perigoso para o ser humano que um terço de miligrama
traz 50% de possibilidade de resultar em câncer.
Os únicos que
poderiam ver o cartaz seriam os indígenas australianos, mas para estes não
havia avisos. De acordo com um relatório oficial, quando tinham sorte, eram
“enxotados como coelhos”.
Hoje, uma campanha de
propaganda sem precedentes está nos enxotando como coelhos. Sequer nos
questionamos sobre a torrente diária de retórica contra a China, que está
rapidamente ultrapassando a retórica contra a Rússia. Qualquer coisa chinesa é
má, anátema, uma ameaça: Wuhan... Huawei. É ainda mais confuso quando tudo isso
é dito pelos nossos líderes sabidamente vis.
Foi Barack Obama e
não Trump quem começou a fase atual dessa campanha em 2011 quando voou para a
Austrália para deslanchar o maior crescimento das forças navais dos Estados
Unidos na região da Ásia/Pacífico desde a segunda guerra mundial. De repente, a
China virou “ameaça”. Não tem sentido, é claro. O que estava ameaçada era na
realidade a visão indiscuvelmente psicopata dos EUA que se veem como os mais
ricos, os mais bem sucedidos, a nação mais “indispensável”.
O que nunca foi
colocado em questão foram suas proezas como arruaceiro – com mais de trinta
países membros da ONU sofrendo sanções de algum tipo dos EUA e uma trilha de
sangue que corre de países indefesos bombardeados, que viram seus governos
derrubados, sofreram interferências em suas eleições e tiveram seus recursos
saqueados.
A declaração de Obama
tornou-se conhecida como “o pivô para a Ásia”. Um dos advogados mais ferrenhos
desse movimento foi a então Secretária de Estado Hillary Clinton, que, como
mais tarde revelado pelo WikiLeaks, queria mudar o nome do Oceano Pacífico para
“Mar Americano”.
Na medida em que
Clinton nunca escondeu seu belicismo, Obama foi um mestre do marketing.
“Declaro com convicção e clareza” afirmou o novo presidente em 2009, “que o
compromisso dos Estados Unidos é buscar um mundo de paz e segurança, sem armas
nucleares”.
Obama elevou os
gastos com armas nucleares mais rapidamente que qualquer outro presidente desde
o fim da Guerra Fria. Desenvolveu-se uma arma nuclear “utilizável” conhecida
como B61 Modelo 12 o que significa, de acordo com o General James Cartwright,
antigo vice presidente do Estado Maior das Forças Armadas que, tornando-se
menor [faz seu uso] mais “pensável”.
O alvo, claro, é a
China. Hoje, mais de 400 bases militares dos EUA cercam quase totalmente a
China com mísseis, bombardeiros, navios de guerra e armas nucleares, do norte
da Austrália através do Pacífico até o sudoeste da Ásia, Japão e Coreia e
através da Eurásia até o Afeganistão e Índia, as bases formam, como me disse um
estrategista, “um cerco perfeito”.
Um estudo da
Corporação RAND – a qual, desde o Vietnã, planeja as guerras dos Estados Unidos
– intitula-se Guerra com a China: Pensando no Impensável. Contratados pelo
exército dos Estados Unidos, os autores evocam o infame grito de guerra de seu
principal estrategista na Guerra Fria, Herman Kahn – “pensando o impensável”. O
livro de Kahn, Sobre a Guerra Termonuclear, construía um plano para uma guerra
nuclear “vencível”.
A visão apocalíptica
de Kahn é compartilhada pelo Secretário de Estado de Trump, Mike Pompeo, um
evangélico fanático que acredita no “arrebatamento final”. Trata-se
provavelmente do homem vivo mais perigoso da Terra. “Fui diretor da CIA”
gaba-se ele. “Nós mentimos, nós enganamos, nós roubamos. Era se como isso
viesse de cursos completos de formação”. Pompeo é obcecado pela China.
O objetivo final do
extremismo de Pompeo raramente é mencionado pela mídia, que é onde os mitos e
invencionices sobre a China tornam-se norma padrão, assim como as mentiras
sobre o Iraque. Um racismo virulento é o texto nas entrelinhas dessa
propaganda. Chamados de “amarelos” embora sejam brancos, os chineses são o
único grupo étnico que foi banido por uma “lei de exclusão” de entrar nos
Estados Unidos, porque são chineses, A cultura popular os descreve como
sinistros, não confiáveis, “traiçoeiros”, depravados, doentes e imorais.
Existe uma revista
australiana, The Bulletin, que se dedica a espalhar o medo do “perigo
amarelo”, como se toda a Ásia fosse desabar pela força da gravidade sobre a
colônia só de brancos.
Como escreve o
historiador Martin Powers, reconhecer o modernismo da China, sua moralidade
secular e “contribuições para o pensamento liberal enfraquece a narrativa
europeia. Assim, tornou-se necessário retirar o papel chinês no debate sobre o
iluminismo ... por séculos a ameaça da China ao mito da superioridade ocidental
faz dela um alvo fácil para a provocação”.
No jornal Sydnei
Marning Herald, o incansável contestador da China Peter Hartcher descreve
aqueles que espalham a influência chinesa na Austrália como “ratos, moscas,
mosquitos e pardais”. Hartcher, que cita favoravelmente o demagogo
(norte)americano Steve Bannon, gosta de interpretar os “sonhos” da atual elite
chinesa, como se privasse da intimidade dela. Seriam inspirados por ilusões do
“Mandato dos Céus”, de 2000 atrás. Ad nauseam.
Para combater o tal
“mandato”, o governo australiano de Scott Morrison comprometeu um dos países
mais seguros do mundo, cujo maior parceiro comercial é a China, com centenas de
bilhões de dólares em mísseis dos EUA que podem ser lançados contra a China.
A tendência já é
evidente. Num país marcado historicamente pelo racismo violento contra
asiáticos, australianos de origem chinesa formaram um grupo de vigilantes para
proteger entregadores. Vídeos mostram um entregador atingido na face e um casal
chinês abusado racialmente dentro do supermercado. Entre abril e junho, houve quase
400 ataques racistas contra australianos de descendência asiática.
“Nós não somos seus
inimigos” disse-me um estrategista de alto nível na China, “mas se vocês
[ocidentais] decidirem que somos, temos que nos preparar sem mais delongas”. O
arsenal chinês é pequeno quando comparado com o dos EUA, mas cresce com
rapidez, especialmente o desenvolvimento de mísseis marítimos destinados a
destruir frotas de navios.
“Pela primeira vez”
conforme escreveu Gregory Kulacki, da União dos Cientistas Engajados, “a China
está discutindo colocar seus mísseis nucleares em alerta vermelho, que assim
poderiam ser lançados rapidamente em caso de alerta de ataque.” Pode ser uma
mudança perigosa na política chinesa...”
Falei com Amitai
Etzioni em Washington, um ilustre professor de questões internacionais na
Universidade George Washington, que escreveu que “um ataque às cegas contra a
China” foi planejado “com impactos que poderiam ser percebidos equivocadamente
[pelos chineses] como uma tentativa preemptiva de anular suas armas nucleares,
encurralando o país no terrível dilema de ou usar ou perder [que poderia] levar
à guerra nuclear”.
Em 2019 os Estados
Unidos realizaram seu maior exercício militar desde a Guerra Fria, grande parte
realizado em segredo férreo. Uma armada de navios com bombardeiros de longo
alcance ensaiou conceitos de “Guerra aérea e marítima contra a China” – ASB (Air-Sea
Battle, em inglês) – bloqueando linhas marítimas no Estreito de Malaca,
cortando em consequência o acesso chinês a petróleo e gás, além de outras matérias
primas do Oriente Médio e da África.
É por temer esse tipo
de bloqueio que a China desenvolveu seu projeto Iniciativa Cinturão e Estrada
ao longo da antiga Rota da Seda para a Europa e construiu em regime de urgência
pistas de pouso em recifes e ilhotas nas águas disputadas das Ilhas Spratly.
Conversei em Xangai
com Lijia Zhang, uma jornalista e novelista de Pequim, representante típico de
uma nova classe de rebeldes sinceros. Seu best seller tem o título irônico de “Socialism
Is Great!” Tendo crescido em plena Revolução Cultural, caótica e brutal, ela
viajou e viveu nos Estados Unidos e na Europa. “Muitos (norte)americanos pensam”
disse ela, “que o povo chinês vive uma vida miserável e reprimida sem qualquer tipo
de liberdade. O [pensamento sobre] perigo amarelo nunca os abandonou... eles
sequer têm ideia de que há 500 milhões de pessoas que foram retiradas da
pobreza, e há quem calcule que seriam na realidade 600 milhões.”
As conquistas épicas
da China moderna, que derrotou a pobreza em massa, o orgulho e alegria de seu
povo [medidas com perícia por pesquisadores (norte)americanos como a Pew] são
totalmente desconhecidas ou mal interpretadas no ocidente. Isso basta para
lamentar o estado e o abandono de reportagens honestas pelo jornalismo
ocidental.
Só nos permitem ver
exclusivamente a fachada de um suposto lado sombrio de China, que gostamos de
chamar de “autoritarismo”. É como se estivéssemos mergulhados eternamente em
contos do super vilão Dr. Fu Manchu. Agora, é tempo de se perguntar a razão
disso, antes que seja muito tarde para impedir a próxima Hiroshima.
http://www.informationclearinghouse.info/55421.htm
Muito bom texto, obrigado por traduzir e compartilhar, por um acaso alguém saberia informar o nome do(s) documentário (s),sobre os experimentos atômicos estadunidenses que o autor cita em seu texto?
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