Coreia do Norte ou Irã?
Quem será atacado primeiro por Trump?
texto de Ron Paul, tradução de btpsilveira
Agosto de 2017 – "Information Clearing House" – O presidente Trump parece
sapatear impaciente na direção de mais uma Guerra desastrosa. Talvez duas. A
grande questão permanece a seguinte: quem será atacado primeiro? Coreia do
Norte ou Irã?
Nos últimos dias o presidente Trump
mandou dois bombardeios B-1, com capacidade nuclear, sobre a Península Coreana,
mandando uma mensagem clara de que estaria pronto para atacar a Coreia do
Norte. No sábado ele vociferou contra a China porque a Coreia do Norte se
recusou a interromper testes com mísseis. Ele tuitou: “estou muito desapontado
com a China... eles nada fazem por nós em relação à Coreia do Norte, só falam.
Não permitiremos que isso continue assim”.
Um repórter, citando fonte anônima do
Pentágono, afirmou que o presidente Trump “deve ordenar um ataque militar
contra a Coreia do Norte dentro de um ano”, depois do último teste de mísseis
de longo alcance, pela Coreia do Norte, no final de semana.
O Irã, que, ao lado de Coreia do Norte
e Rússia, encaram novas sanções impostas pelo Congresso e estão na expectativa
de que Trump assine a lei, também está na alça de mira do Presidente Trump. Conta-se
que ele estava furioso com seu Secretário de Estado Rex Tillerson, que teria
afirmado que o Irã estava cumprindo totalmente com o acordo nuclear – mesmo sabendo
que o Irã está, sim, correto – e parece determinado a pressionar por um
confronto.
Por duas vezes, na última semana, militares dos Estados Unidos dispararam contra navios iranianos no Golfo Pérsico. Terça feira, um navio militar iraniano foi alertado por salvas de metralhadoras de um navio (nprte)americano. Então, na sexta-feira um navio da marinha dos EUA disparou foguetes de alerta na direção de outro navio iraniano operando no Golfo Pérsico.
Imagine o que aconteceria se a Marinha
dos Estados Unidos tivesse encontrado navios iranianos no Golfo do México e se
eles disparassem tiros de alerta com metralhadoras se eles se aproximassem dos
iranianos.
Enfrentando novas sanções, o governo
iraniano anunciou que não interromperá seus testes com mísseis balísticos mesmo
sob a pressão dos EUA. O programa de mísseis não representa uma violação do
acordo P5+1 a menos que sejam especificamente desenhados para levar armas
nucleares.
Então, quem Trump atacará primeiro? Vamos
esperar que seja ninguém, mas com a pressão incessante tanto de Democratas
quanto de Republicanos sobre as alegações “não provadas” do Russiagate, ele
cada vez mais parece propenso a tentar arrumar tudo com uma “guerra pequena e fácil”. No entanto, caso
ele realmente faça isso, é provável que sua presidência acabe e nós acabemos
enterrados em uma guerra de grande proporção no processo.
Mesmo levando em conta que a retórica bombástica
de Trump contra o Irã e a Coreia do Norte seja muito consistente, o povo (norte)americano
votou em Trump porque entre os dois candidatos, ele parecia o menos propenso a
enfiar os Estados Unidos em numa guerra de grandes proporções.
Um estudo recente da Universidade de
Boston e da Universidade de Minnesota concluíram que a maioria dos votos de
Trump veio de partes do país com as maiores taxas de mortes militares. Aqueles
que sofreram os golpes mais pesados e dolorosos das guerras foram atraídos pelo
candidato que viam como o menos provável para entrar em mais uma guerra. São
(norte)americanos que vivem nos estados indecisos de Wisconsin, Pennsylvannia e
Michigan que surpreenderam os especialistas, votando em Trump.
O legado de Trump será nos enterrar em mais uma ou duas guerras que fará as guerras do Iraque e do Afeganistão parecerem passeios na praia? Milhões de mortes? Está na hora de se fazer ouvir antes que seja tarde!
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