Uma
Junta Militar governa os Estados Unidos
Apontamentos sobre a Junta, um corredor de passagem desnecessário, e as
manobras russas...
texto por Moon of Alabama, tradução de btpsilveira
Agosto de 2017 – "Information
Clearing House" – Conforme uma teoria política dos anos 50, a estrutura do poder na sociedade dos Estados Unidos é construída principalmente em cima de
três grupos de elite: pessoas com
altas patentes militares, os executivos das grandes corporações e a direção
geral da política. (Como “direção geral da política”, entenda-se a burocracia,
assim como a CIA e seus capachos dentro do Congresso).
Percebi, no dia da eleição, que apenas
os militares apoiavam o Presidente que não era Hillary. O canto do
triângulo onde estavam as corporações e seus executivos pressionava por Hillary
e continuou a pressionar mesmo depois de Trump ser eleito. (O tal “conluio
com a Rússia” morreu de morte súbita apenas recentemente). Escrevi:
Além dos três generais no gabinete de Trump, os militares exigirão
também a parte do leão.
Paralelamente, dentro da Casa Branca, os generais tutoram as interações do presidente o tempo todo, sussurrando
no seu ouvido – e os sussurros, como a decisão desta semana de expandir as operações
militares no Afeganistão, viram a política oficial.
No coração dos círculos à volta de
Trump, instalou-se um trio de generais calejados, com experiência no comando dos
campos de batalha: O chefe do Estado Maior na Casa Branca, John F. Kelly, o
Secretário da Defesa Jim Mattis e o assessor para a Segurança Nacional H. R.
McMaster. Estes três homens cultivaram
cuidadosamente suas relações pessoais com o presidente e ganharam a sua
confiança.
Kelly, Mattis e McMaster não são as únicas personagens do mundo militar servindo nos mais altos níveis da administração Trump. O diretor da CIA, Mike Pompeo, o Procurador Geral Jeff Sessions, o Secretário de Energia Rick Perry e o Secretário do Interior Ryan Zinke, todos serviram em diversos setores do exército, além disso Trump recentemente aproveitou o antigo general do exército Mark S. Inch para liderar o Gabinete Federal Penitenciário. [...] o Conselho Nacional para a Segurança [...] também tem dois outros generais entre seus próceres.
Com a expulsão do “renegado Flynn” e vários
outros conselheiros de Trump, a Junta já conseguiu remover as vozes
independentes da Casa Branca. Agora, está acrescentando alguns cordões à sua “marionete
vendedora”.
O novo sistema, estabelecido em dois memorandos escritos em coautoria por
(general) Kelly e Porter, distribuídos a seguir entre os membros do gabinete e funcionários
da Casa Branca, destina-se a garantir que o presidente não botará os olhos em
quaisquer documentos de política externa, memorandos de política doméstica,
relatórios de agências de inteligência e até mesmo artigos da imprensa que não
tenham sido examinados previamente.
Trump tem uma fraqueza por militares
desde a época em que frequentava uma academia militar em Nova Iorque em sua
juventude.
Mas acontece que ele não gosta de ser
controlado. Tenho a expectativa de que um dia ele se revolte. Será quando
descobrirá que é muito tarde e que ele na realidade é um impotente.
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A propaganda sionista está reclamando que o Irã está dominando a Síria e que
sua única preocupação seria criar um corredor de passagem entre o Irã e o
Líbano. Agora a AP está noticiando esse mito como se fosse fato. O argumento que os
redatores da AP elaboram é ilógico e falso:
A rota terrestre seria um grande prêmio para o Irã, pelo seu envolvimento
na guerra da Síria, que já dura seis anos [...] facilitaria o movimento dos militantes apoiados pelo Irã entre o Irã,
Iraque, Síria e Líbano, bem como o fluxo de armas para Damasco e o Hezbollah
libanês, principal grupo apoiado pelo Irã.
A rota terrestre poderia facilitar algo
que, de acordo com outras “reportagens” da AP, já foi alcançado sem ela:
A tal rota já está sendo elaborada por uma mistura de forças que incluem
aliados do Irã, aqueles a quem o Irã apoia, forças do Hezbollah e tropas do
presidente sírio Bashar Al Assad, além de milícias xiitas de ambos os lados da
fronteira, cujo objetivo e estabelecer uma ligação forte. O Irã tem também suas
forças da Guarda Revolucionária envolvidas diretamente na campanha em solo
sírio.
Então, aparentemente o Irã precisa de
uma passagem terrestre para movimentar tropas e armamento para a Síria e o
Líbano. Para abrir essa tal passagem terrestre está movimentando tropas e
armamento para a Síria e o Líbano. Há alguma coisa nessa argumentação que não
convence...
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A Rússia estaria se preparando para montar o que pode ser um dos maiores
exercícios militares desde a Guerra Fria, uma demonstração de poder que deve
ser observada atentamente pela OTAN, contra um quadro de tensões crescentes
entre ocidente e oriente.
Oficiais e "analistas ocidentais" calculam que cerca de 100.000 tropas militares e de apoio logístico podem
participar do exercício Zapad (oeste) 17, que acontecerá no próximo mês em
Belarus, Kaliningrado e na própria Rússia.
Segue-se muita especulação e besteiras à
vontade. Na realidade o Zapad é formado por uma série de
pequenas manobras que acontecem no decorrer de seis meses. Incluem polícia
local e agências de defesa, que fazem os números parecerem enormes. O número de
soldados no núcleo do exercício deve somar cerca de uma divisão, ou 13.000 a
15.000 tropas. Nada, absolutamente nada é inédito com esta manobra, mas a
propaganda da OTAN tenta fazer parecer que uma iminente invasão russa está para
desabar sobre a Europa ocidental.
O mundo é um grande tabuleiro de xadrez,onde a maioria da população nem peão é.Pois no jogo dos grandes capitalistas somos apenas platéia.Até quando?
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