06 de
janeiro de 2017 – Peter Koenig, com tradução
de btpsilveira
Promover um ataque cibernético para influenciar resultados de eleições?
Ridículo! Meu amigo, isso é coisa do passado, não se usa mais. Se é que já foi
usado. Trata-se de uma invenção maligna de perdedores malignos da campanha
maligna de Hillary Clinton, por sua vez apoiada por um criminoso que vai deixar
o campo de luta, o presidente Obama, que não está deixando o gabinete como uma
explosão, e nem mesmo como um lamento, mas como a desgraça de uma nação e das
pessoas que gostam da verdade ao redor do mundo.
Este é o legado deixado pelo primeiro presidente negro dos Estados
Unidos – o de um criminoso que matou milhares de pessoas indiscriminada e ilegalmente
através de drones assassinos, que começou cinco novas guerras e que está
atualmente envolvido em sete guerras injustificadas e conflitos armados ilegais
mundo afora, matando milhões de pessoas, e para terminar, um mentiroso miserável.
Já em agosto de 2016 o informante da NSA William Binney declarou na Aaron Klein Investigative Radio que “o
servidor do Comitê Nacional do Partido Democrata (DNC na sigla em inglês – NT)
não foi hackeado pela Rússia e sim por um funcionário da inteligência dos
Estados Unidos descontente com seu trabalho.” Binney passou então a afirmar que
“a NSA tinha todos os e-mails delatados dos Clintons, e o FBI poderia ter tido
acesso a eles se quisesse”. Ele conclui que não haveria necessidade de Trump
pedir os e-mails aos russos. Ele poderia simplesmente pedir ao FBA ou à NSA e
colocar as mãos nos documentos.
Assim, uma das últimas ações do Presidente Obama na sua ilustre passagem
pela presidência dos Estados Unidos será mentir, não só para seus conterrâneos,
mas para o mundo inteiro. Bravo!
*******
Mas há outros lugares onde poderemos encontrar a verdade por trás da “surpreendente”
vitória de Donald Trump. Um deles é a Psicometria,
um método baseado em uma massiva coleta de dados comportamentais de pessoas
que são público alvo de determinada propaganda, mas podemos chamar esse método
pelo nome mais conhecido de manipulação da mente, ou lavagem cerebral. Um
pesquisador polonês de 34 anos da Universidade de Cambridge chamado Michal
Kosinski é o arquiteto-em-chefe dessa nova tecnologia refinada de lavagem
cerebral, que está sendo colocada no mercado, vendida e aplicada a partir de
uma pequena firma de análise de dados estabelecida em Londres, chamada “Cambridge
Analytica”.
A empresa de pesquisas trabalhou primeiro para o candidato republicano
Ted Cruz, senador dos Estados Unidos pelo Estado do Texas, que era pouco
conhecido pelo pela maioria dos eleitores (norte)americanos. A Cambridge
Analytica fez sua popularidade crescer mais 40%, mas isso não foi suficiente
para que ele alcançasse a indicação pelo Partido Republicano. A empresa de
análise de dados foi contratada a seguir pela equipe de campanha de Trump –
aparentemente com sucesso. Alexandre Nix, CEO da Cambridge Analytice explica em
um vídeo de 11 minutos no YouTube os métodos usados no caso de Ted Cruz.
https://youtu.be/n8Dd5aVXLCc (acesse para o vídeo - em inglês)
Como noticiado pelo jornal suíço ‘Tagesanzeiger’
(TA), Psicometria ou Psicográficos, não são coisa nova. Foram desenvolvidos
em 1980, como uma ferramenta científica que ajudava a determinar a
personalidade das pessoas. Psicólogos concluíram a seguir que cada traço do
caráter das pessoas pode ser enquadrado dentro de cinco dimensões de
personalidade. O sistema foi chamado de OCEAN, sigla para Openness, Consciousness,
nível de Extraversion, Amicability (compatibilidade) e Neuroticism (Openness – transparência, franqueza; Consciousness – consciência,
sensibilidade; Extraversion – extraversão, orientação psicológica para o
exterior; Amicability – amizade, compatibilidade, amabilidade; Neuroticism –
neuroticismo, instabilidade emocional, distúrbio mental que não tem causa
conhecida – NT).
Kosinski afirma que baseado em 70 curtidas de qualquer pessoa no
Facebook, ele pode determinar com 95% de acurácia se a pessoa é branca ou
negra, com 88% se ele(a) é homossexual e com 85% se ele(a) é Democrata ou Republicano.
Com 150 “curtidas”, ele pode determinar a personalidade da pessoa melhor que
seus pais e com 300, melhor que seu parceiro(a). São afirmações expressivas e fortes. Mas seriam corretas? Muitos críticos
afirmam o contrário, argumentando principalmente que não há provas de que o público
alvo (I) realmente tenha votado e (II) que votaram de acordo com seu perfil. De
qualquer maneira, seria muito difícil verificar em que extensão a Cambridge
Analytica ajudou Donald Trump a vencer as eleições. A Cambridge Analytica
também reivindica crédito para o voto BREXIT.
O acesso ao Facebook não é o único “input” para o “Big Data”. Poderíamos
acrescentar dezenas de milhares de “likes” sob várias formas, como por exemplo,
na navegação dos usuários do Google, hábitos de consumo e de comida, que
cosméticos e banda de rock as pessoas preferem, se são drogados, se viciados em
cigarros ou álcool ou apenas usuários leves, que tipo de bebida alcoólica ou
carro preferem, seus hábitos bancários, e até mesmo com que rapidez sacam o
celular do bolso quando ele toca. Tudo é coletado. Estamos na realidade vivendo
em uma era em que não há barreiras para o desrespeito à privacidade e coleta
universal de dados que nos dizem respeito. Quanto mais deixamos isso acontecer
e ficamos inertes, pior ficará.
Centenas de milhares de pessoas estão nesse mesmo instante sendo
literalmente “perfiladas” para uso de uma propaganda personalizada e dirigida,
com mensagens específicas de convencimento para populações ou indivíduos que pensam
da mesma maneira, para que votem em determinado candidato, ou contra ele. O
jornal Tagesanzeiger conclui que isso
explica porque as mensagens de Trump pareciam tantas vezes contraditórias ou
confusas, tornando difícil estabelecer um quadro claro do que ele realmente
queria dizer. Até hoje ainda é assim.
Ainda de acordo com Kosinski, nos “velhos dias”, as empresas de pesquisa
social tinham que fornecer à população questionários complexos para serem preenchidos,
com base em dados demográficos. Hoje essa atitude está ultrapassada. Nós agora
temos internet e Facebook. Nem todas as pessoas, mulheres, negros, hispânicos,
gays ou heteros – votam da mesma forma. Esse falso pressuposto foi usado pela
campanha de Hillary Clinton e demonstrou ser bem enganoso. Mesmo pensando que Hillary
teve 2.7 milhões de votos populares a mais, ela perdeu a eleição na soma dos
membros do colégio eleitoral.
A Cambridge Analytica trabalhou nos assim chamados swing states (estados nos EUA
que tradicionalmente têm eleições apertadas, com pequena margem de votos para o vencedor,
oscilando entre democratas e republicanos – NT). Nesses estados, eles tinham como público alvo especificamente os “vulneráveis”,
ou indecisos, ou tentavam motivar aqueles que não tinham intenção de votar para
que levantassem o traseiro do sofá e depositassem seu voto para Trump, ou
contra Hillary, tanto faz, dependendo de cada perfil.
Vamos dar um exemplo: entre os nativos da Haiti, na Flórida, que não
tinham a intenção de votar mas se inclinavam para o Partido Democrata, isto é,
para Hillary Clinton, a propaganda descreveu em detalhes a corrupção da
Fundação Clinton e como os Clinton arruinaram a economia do Haiti. Daí, os
haitianos votaram. E votaram em Trump, um voto anti Clinton. Pelo menos era
esse o plano e aparentemente funcionou em casos suficientes para ser bem
sucedido.
Embora talvez nunca venhamos a saber até que ponto a Cambridge Analytica
contribuiu para a eleição de Trump, nós podemos estar certos de que o método,
barato quando em comparação com o perfilhamento demográfico, será usado
massivamente no futuro, quase com certeza já nas próximas eleições na França e
Na Holanda (primavera de 2017) e na Alemanha (outono de 2017).
Graças a Deus pelo Presidente Putin (eu deveria dizer isso mais vezes)
por dar a Obama e a todas as pessoas que o cercam uma lição de como se comporta
um estadista e não um perdedor imbecilizado, que Obama é. O Presidente Putin
não retaliou a expulsão de 35 diplomatas russos com suas famílias justamente nas
vésperas do ano novo, quando estavam se preparando para as festividades do Ano
Novo, com base em uma mentira deslavada. Em vez de expulsar os diplomatas dos
Estados Unidos em Moscou ele os convidou, juntamente com suas crianças, para
celebrar as festas de final de ano com seus colegas russos. O ato de covardia
de Obama foi supostamente deflagrado como “sanção” pela “intervenção russa nas
eleições dos Estados Unidos” – uma mentira odiosa. Obama, o fantoche principal
do estado profundo que maneja as linhas que controlam seus lábios e sua mente –
ele (nominalmente presidente) – sabe que não passa de uma fraude vergonhosa.
Peter Koenig é um economista e analista
geopolítico. Também trabalhou na equipe do Banco Mundial e viajou
extensivamente pelo mundo trabalhando nos campos do meio ambiente e recursos
aquáticos. Escreve regularmente para Global Research, ICH, RT,
Sputnik, PressTV, The 4th Media, TelSUR, TruePublica, The Vineyard of The Saker
e outros sites da internet.
http://thesaker.is/mind-manipulations-to-influence-election-results/
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