Tropas do Egito na
Síria podem ser mais significativas que a intervenção da Rússia.
Fonte: Damascus Insider – tradução de Najah Al-Oujn
A se julgar por reportagens de várias várias fontes da mídia social alternativa o Egito deverá
enviar tropas para a Síria. As tropas não se engajarão em ofensivas e deverão
trabalhar como uma força de “mantenedores da paz”, defendendo cidades sob
controle do governo sírio.
Desde a época da primeira intervenção da Força Aérea da
Federação Russa em setembro de 2015, o Exército Árabe da Síria (SAA, Syrian
Arab Army, na língua inglesa) se mostrou capaz de conquistar ganhos
significativos de terreno contra a oposição armada no país. Entre seus sucessos
mais evidentes está a liberação da base aérea de Kuweires e da totalidade da
maior cidade e entroncamento econômico da Síria, Alepo.
A instalação de tropas egípcias na Síria dará um incremento
importante para as forças governamentais, e pode ter uma significação
potencialmente maior que o apoio aéreo fornecido pela Rússia. Sublinhe-se que a
Rússia enviou para a Síria um número limitado de forças especiais para o
terreno, e tem investido pesadamente nas Forças Armadas Sírias por várias
décadas.
Embora sabendo que os soldados egípcios não participarão
ativamente no conflito, sua presença permitirá que milhares de milicianos leais
ao governo do país possam ser direcionados aos campos de batalha, como Idlib,
Latakia, Homs e Deraa. Muitas pessoas que seguem os conflitos na Síria subestimaram
o número de lutadores para manter grandes cidades e vilas na Síria.
No entanto, para que surta efeito significativo, o Egito
deverá enviar um grande número de soldados. Até agora, esse tipo de informação
ainda não está disponível.
De qualquer forma, a presença de tropas egípcias em solo
sírio (para apoiar as tropas sírias do Exército Árabe da Síria) beneficiará o
governo do presidente Assad, pois será uma demonstração de solidariedade, que
também pode tornar mais cautelosa a Força Aérea Israelense ao tentar
atingir os envios de armas para o Hezbollah, já que não querem prejudicar seus
laços com o Egito, se por acaso atingirem tropas egípcias por acidente.
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