O Escândalo Infernal da Lavagem de Dinheiro no Brasil


A questão é o que deveria fazer o presidente Lula, já que ninguém quer falar sobre as revelações.


Texto de Pepe Escobar, trad. btpsilveira em julho de 2020.


O antigo Ministro da Justiça e Segurança Social, Sérgio Moro, capturado na tela de um laptop sendo entrevistado pela AFP em 06 de julho de 2020. Foto por Mauro Pimentel.


Um silêncio ensurdecedor foi o resultado de uma poderosa segunda onda de choque que deveria atingir o Brasil duramente, duas décadas depois de um terremoto político.

O que hoje se denomina “BanestadoLeaks” e “CC5gate” parece saído diretamente do antigo WikiLeaks: uma lista, pela primeira vez publicada no todo, citando nomes e detalhando um dos maiores casos de corrupção e lavagem e dinheiro no mundo nas três últimas décadas.


Este escândalo é bom para a prática perfeita daquilo que Michel Foucault chamou de arqueologia do conhecimento. Sem a compreensão desses vazamentos, é impossível colocar no enquadramento apropriado eventos que vão desde o sofisticado assalto praticado por Washington contra o Brasil – primeiro espionando através da NSA a presidenta Dilma Roussef em seu primeiro mandato (2010/2014) – depois toda a caminhada da investigação de corrupção apelidada de “Lava Jato” cujo clímax foi a prisão de Luis Inácio Lula da Silva, abrindo caminho para colocar o babaca neofascista Jair Bolsonaro no gabinete presidencial.

Mais uma vez, a mídia independente leva o crédito pelo furo nessa conspiração à la George Orwell-faz-aguerra-híbrida. O pequeno site Duplo Expresso, liderado pelo jovem e intimorato advogado internacional Romulus Maya publicou a lista em primeiro lugar.

Em um podcast épico de cinco horas de duração, reuniram-se os três personagens cruciais que foram os primeiros a denunciar o escândalo, nos idos de 1990, portanto capazes de reanalisá-lo atualmente: o então governador do Estado do Paraná, Roberto Requião, o procurador federal Celso Antonio Três e o delegado da Polícia Federal (aposentado) José Castilho Neto.

Em podcast anterior, Maya e o antropologista Piero Leirner, o principal analista brasileiro de Guerras Híbridas, me colocaram a par das incontáveis implicações políticas dos vazamentos, enquanto discutíamos geopolítica no Sul Global.

As listas da conta CC5 estão aquiaqui , e aqui. Vejamos porque são tão especiais.

O mecanismo

Voltemos para 1969. O Banco Central do Brasil criou o que foi descrito como “conta CC5” para ajudar executivos e companhias externas a transferir legalmente recursos para o estrangeiro. Por muitos anos, o fluxo de dinheiro foi insignificante nessas contas. Tudo mudou nos anos 1990 – com o surgimento de uma imensa e complexa organização criminosa centrada na lavagem de dinheiro.

A investigação Banestado original começou em 1997. O Procurador Federal Celso Três ficou estupefato ao descobrir que de 1991 até 1996 dinheiro brasileiro com valor não inferior a $124 bilhões de dólares fora enviado ao exterior. O total eventual durante toda a duração da organização (1991-2002) alcançou o fantástico valor de $219 bilhões de dólares – fazendo do Banestado um dos maiores esquemas de lavagem de dinheiro da história.

Uma investigação federal baseada nos relatórios de Três focou em Foz do Iguaçu, cidade brasileira sulista estrategicamente situada na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, onde os bancos locais lavavam enormes somas de fundos através de contas CC5.

Tudo funcionava assim: os doleiros do mercado negro, ligados a funcionários bancários e governamentais usavam uma grande rede de contas bancárias com nomes de laranjas insuspeitos e companhias fantasmas para lavar dinheiro ilegal obtido a partir da corrupção pública, fraudes fiscais e crime organizado, principalmente através do Banco do Estado do Paraná em Foz do Iguaçu. Exsurge o “Caso Banestado”.

A investigação estava emperrada até 2001, quando Castilho, estão superintendente da polícia federal, constatou que a maioria do dinheiro na realidade estava em contas da agência do Banestado em Nova Iorque. Castilho chegou à cidade em janeiro de 2002 para impulsionar o rastreamento internacional do dinheiro.

Através de uma ordem judicial, Castilho e sua equipe revisaram 137 contas no Banestado de Nova Iorque, rastreando $14,9 bilhões de dólares. Em alguns casos, os nomes dos titulares eram de políticos brasileiros, na ocasião instalados no Congresso, em gabinetes de ministros e até de antigos presidentes da República.

Depois de um mês trabalhando em Nova Iorque, Castilho voltou ao Brasil, trazendo na bagagem um relatório de 400 páginas. Mesmo assim, apesar da evidência esmagadora, ele foi removido da investigação que ficou em passo de espera por pelo menos um ano. Quando o governo Lula assumiu o poder no início de 2003, Castilho voltou ao caso.

Em abril de 2003, Castilho identificou uma conta particularmente interessante no Chase Manhattan, denominada “Tucano” – o apelido do PSDB, partido liderado pelo antigo presidente Fernando Henrique Cardoso, que estivera no poder antes de Lula e que sempre manteve ligações próximas com as máquinas políticas de Clinton e Blair.

Castilho foi crucial para o estabelecimento de uma Comissão parlamentar de Inquérito sobre o caso Banestado. Mas ainda desta vez a comissão não levou a lugar algum – o relatório final sequer foi votado. A maioria das companhias envolvidas negociaram acordos com a Receita Federal brasileira e assim impediram a possibilidade de ações relativas à sonegação fiscal.

Coludem Banestado e Lava Jato

Resumindo, os dois maiores partidos políticos – o neoliberal PSDB de Cardoso e o Partido dos Trabalhadores de Lula, nenhum dos quais enfrentou realmente as maquinações do Império ou os rentistas brasileiros, agiram para enterrar a investigação que avançara inconvenientemente.

Assumindo depois de Cardoso, conscientemente ou para preservar um mínimo de governabilidade, Lula tomou a decisão estratégica de não investigar a corrupção “tucana”, nem mesmo algumas privatizações marotas.

Os procuradores de Nova Iorque avançaram até o ponto de preparar uma listagem especial para Castilho com o que era realmente importante em termos de se iniciar um processo criminal: todo o circuito do esquema de lavagem de dinheiro, com os fundos sendo inicialmente remetidos ilegalmente do Brasil através das contas CC5, passando a seguir através das sucursais dos bancos brasileiro envolvidos para alcançar os fundos de investimento em paraísos fiscais (por exemplo: Cayman, Jersey, Suíça) e finalmente retornando ao Brasil – totalmente limpos – como “investimento externo” para o uso e proveito dos beneficiários finais que no início, tinham removido o dinheiro não contabilizado do Brasil utilizando-se das contas CC5.

Ocorre que o então Ministro da Justiça do Brasil, Márcio Thomaz Bastos, indicado por Lula, cancelou tudo. Como colocou metaforicamente o superintendente Castilho, “isso me impediu deliberadamente de retornar ao Brasil com o corpo da vítima”.

Embora Castilho nunca tenha colocado as mãos nesse documento crítico, pelo menos dois congressistas brasileiros, dois senadores e dois procuradores federais que mais tarde fizeram fama como “estrelas” da investigação Lava Jato, Vladimir Aras e Carlos Fernando dos Santos Lima – colocaram. Porque e como tal documento – chamado no Brasil de “bolsa de cadáver” (body bag no original em inglês – NT) nunca foi usado em procedimentos de persecução criminal no Brasil é um mistério adicional dentro do enigma geral.

Entretanto, há relatos “não confirmados” (várias fontes jamais admitiriam deixar isso registrado) de que o documento pode ter sido usado para extorquir completamente vários indivíduos, principalmente bilionários que constavam da lista.

Na esfera judicial, surgiu um brinde extra: o fato de que o juiz provincial encarregado de enterrar bem fundo o caso Banestado era nada menos que Sérgio Moro, caracterizado como um Eliot Ness egoísta que na década seguinte subiria vertiginosamente com o status de superstar e capo di tutti i capi da massiva investigação Lava Jato e posteriormente, Ministro da Justiça sob Bolsonaro.

Moro acabou renunciando e agora está totalmente engajado na campanha para a presidência em 2022.

Finalmente, entramos em contato com a ligação tóxica entre o caso Banestado e a Operação Lava Jato. Considerando que já é de domínio público o modus operandi de Moro  na Lava Jato, alterando nomes em documentos com o singelo objetivo de mandar Lula para a prisão, o desafio agora era provar como Moro “vendia” a falta de convicção relacionada ao caso Banestado. Ele tinha sempre uma desculpa legal bem conveniente: sem “corpo de delito” ninguém pode ser considerado culpado no processo criminal brasileiro.

Na medida em que mergulhamos nos detalhes candentes, o caso Banestado se parece cada vez mais com a teia de Ariadne que pode revelar o início da destruição da soberania brasileira. Um enredo cheio de lições que todo o Sul Global pode aprender.

O rei do mercado negro do dólar

Castilho, no já mencionado podcast épico, acendeu vários sinais vermelhos quando se referiu a $17 milhões de dólares quer transitaram na sucursal do Banestado em Nova Iorque e foram mandados para, entre todos os lugares do mundo, o Paquistão. Ele e sua equipe descobriram esse fato apenas alguns meses antes dos eventos de 11 de setembro. Mandei algumas perguntas sobre o assunto e sua resposta, através de Maya, foi que os investigadores desenterrarão tudo novamente, pois um relatório indica a origem desses fundos.

Esta é a primeira vez que essa informação vem à luz – com ramificações que podem ser explosivas. Estamos falando sobre dinheiro duvidoso, supostamente com origem em drogas e vendas de armamento, saindo da tríplice fronteira que, historicamente, é um dos principais pontos de operações encobertas da CIA e da Mossad.

Quem providenciou o financiamento pode ter sido o assim chamado “rei do mercado negro de dólares”, Dario Messer, via contas CC5. Não é segredo que os operadores do mercado negro na tríplice fronteira são todos conectados aos evangélicos e ao tráfico de cocaína através do Paraguai. Trata-se da base do que Maya, Leirner e eu mesmo já descrevemos como Evangelistão da Cocaína.

Messer é uma engrenagem indispensável no mecanismo de reciclagem construído pelo tráfico de drogas. O dinheiro viaja para paraísos fiscais sob proteção do Império, é devidamente lavado e ressurge gloriosamente em Wall Street e na City de Londres, com o bônus extra para os Estados Unidos de diminuir alguma coisa de seu déficit em conta. Dica para a “Exuberância Irracional” de Wall Street (o autor provavelmente faz referência ao livro do ganhador do Prêmio Nobel de economia Robert J. Schiller, que escreveu um livro sobre os mercados financeiros, seus altos e baixos e suas falcatruas, chamado “Irrational Exuberance – NT).

Só que o que realmente tem importância é a circulação de cocaína. Escondida em cargas de soja, por que não? Serviria ao mesmo tempo como uma ajuda extra para assegurar a boa saúde do agronegócio. É uma imagem espelhada das linhas de rato da heroína que a CIA maneja no Afeganistão, em detalhes  aqui.

Mas o que importa mesmo, politicamente falando, é que Messer é o notório elo perdido que leva a Moro. Até o jornal O Globo, da imprensa corporativa, foi obrigado a admitir em novembro passado que os negócios encobertos de Messer foram “monitorados continuamente por duas décadas por agências dos Estados Unidos” nas cidades paraguaias de Assunção e Ciudad del Este. Por sua vez, Moro é ativo de duas diferentes agências (norte)americanas – FBI e CIA – sem falar no Departamento de Justiça.

Nessa trama bizarra, Messer pode ter desempenhado o papel de coringa. Mas há o Falcão Maltês: no clássico imortal de John Huston, só há um Falcão Maltês. Neste momento ele está dentro de um cofre na Suíça.

Estou me referindo aos documentos originais e oficiais entregues pela grande companhia de construção civil Odebrecht durante a investigação Lava Jato, os quais teriam sido evidentemente “manipulados” “supostamente” pela própria companhia. E “talvez” em colusão com o então juiz Moro e o time de procuradores liderados por Deltan Dallagnol.

Não só, possivelmente, com o propósito de incriminar Lula e pessoas próximas a ele, mas também – imperativamente – eliminando quaisquer menções a indivíduos que nunca deveriam ser levados para a luz. Nem para a justiça. Bem, se você pensou no Rei do Mercado Negro do Dólar (apoiado pelos EUA), então você adivinhou.
Após a revelação dos vazamentos do caso Banestado, o primeiro impacto político sério foi o pedido oficial que os advogados de Lula, Cristiano e Valeska Zanin finalmente fizeram às autoridades suíças para ter acesso aos originais.

A propósito, o governador Requião foi o único político brasileiro a pedir publicamente para Lula, em fevereiro passado, para ir atrás dos documentos na Suíça. Não é de surpreender que Requião também é a primeira figura pública no Brasil a pedir que Lula torne o conteúdo público assim que o antigo presidente tiver acesso a tudo.

A lista real e inalterada da Odebrecht, revelando as pessoas envolvidas em corrupção está crivada de grandes nomes – entre eles, gente da elite do judiciário

Confrontando as duas versões, os advogados de Lula finalmente poderão ser capazes de demonstrar a falsificação de “evidências” que levaram à prisão de Lula e também, entre outras coisas, ao exílio do antigo presidente do Equador, Rafael Correa, a prisão de seu vice presidente Jorge Glas, a prisão do antigo presidente Ollanta Humala e sua esposa e, mais dramaticamente, o suicídio de Alan Garcia, antigo presidente do Peru por dois mandatos.

O “Patriot Act” brasileiro

A grande questão política agora não é expor o mestre da manipulação que enterrou o escândalo Banestado há duas décadas.

Como detalhou o antropologista Leirner, o que importa é que a revelação das contas CC5 desnuda o mecanismo operado pela burguesia brasileira corrupta, que com a ajuda de seus parceiros na política e no judiciário – nacionais e estrangeiros – estabeleceram-se solidamente como classe rentista, porém ainda submissa e sob o controle de dossiês imperiais “secretos”.

Os vazamentos do caso Banestado e das contas CC5 podem representar uma abertura preciosa para Lula partir para o ataque. Trata-se de guerra (híbrida) total – e piscar primeiro não é opção. O projeto geopolítico e geoeconômico para destruir a soberania brasileira e tornar o Brasil uma colônia menor do Império está vencendo – com facilidade.

O potencial explosivo dos vazamentos do caso Banestado e das contas CC5 pode ser medido pelas várias limitações de danos (limited hangouts no original em inglês – NT): silêncio ensurdecedor que engloba até partidos de esquerda e a mídia alternativa, supostamente progressiva. A mídia corporativa, hegemônica, para a qual o antigo Juiz Sérgio Moro é uma vaca sagrada, na melhor das hipóteses fala em “histórias antigas”, “notícias falsas” e até mesmo “farsa”.

Lula está encarando uma decisão fatídica. Com acesso aos nomes até agora ocultados pela Lava Jato, ele pode tornar-se capaz de lançar uma bomba de nêutrons e reiniciar o jogo inteiro, com a exposição de nomes da Suprema Corte ligados à Lava Jato, procuradores, promotores, jornalistas e até generais que receberam numerário da Odebrecht no exterior.

Isso sem trazer de volta Messer, o rei do mercado negro do dólar – que tem nas mãos o destino de Moro – para a linha de frente. É apontar um dedo diretamente na cara do estado profundo dos EUA. Não é uma decisão fácil de ser tomada.

Torna-se claro que os credores do estado brasileiro eram na origem, devedores. Confrontando as diversas contas é possível traçar o círculo do legendário “desequilíbrio fiscal” brasileiro – no mesmo instante em que essa peste volta à liça, com a intenção de dizimar os ativos do já enfraquecido estado Brasileiro. O ministro da economia Paulo Guedes, um neo-Pinochetista e admirador de Milton Friedman, já avisou que continuará vendendo companhias estatais como se não houvesse amanhã.

O plano B de Lula poderia ser forçar algum tipo de acordo que lançaria o dossiê no esquecimento – exatamente como aconteceu com o caso Banestado há duas décadas – para preservar a liderança do Partido dos Trabalhadores como uma oposição domesticada, e sem tocar na questão absolutamente essencial neste momento: como Guedes coloca o país à venda.

Seria esta a linha preferida por Fernando Haddad, que perdeu a eleição presidencial para Bolsonaro em 2018 e é um tipo de versão brasileira de Michelle Bachelet, antiga presidente do Chile. É um neoliberal às ocultas que sacrificaria qualquer coisa por mais uma chance de concorrer ao poder, talvez em 2026. 

Colocado em prática, o plano B galvanizaria a raiva de sindicatos e movimentos sociais – a classe trabalhadora brasileira real, de carne e osso, que está à beira da extinção pelo neoliberalismo em esteroides e a colusão tóxica da versão brasileira do Patriot Act inspirada nos Estados Unidos somada aos esquemas militares para lucrar com o Evangelistão da Cocaína.

Tudo isso depois de Washington – com sucesso – quase destruir a campeã nacional Petrobras, objetivo inicial da espionagem conduzida pela NSA. Zanin, advogado de Lula acrescenta – talvez tarde demais – que a “cooperação informal” entre Washington e a Lava Jato era de fato ilegal, de acordo com o decreto número 3.810/02.

O que fará Lula?

Não quero ver o mal? Reação do antigo presidente brasileiro Luis Inácio Lula da Silva durante evento focado nos sindicatos mundiais no Geneva Press Club em 06 de março em Genebra. Foto: AFP/Fabrice Coffrini

No momento, como desenvolvimento do vazamento do caso Banestado, uma primeira “Lista VIP” do Banestado”  foi compilada. Inclui o atual presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, que é também ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso, banqueiros, tubarões da mídia e industriais. O procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol aparentemente é muito próximo do ministro neoliberal do STF em questão.

Essa lista VIP deveria ser lida como um roteiro para as práticas de lavagem de dinheiro pelos 0,01% dos brasileiros – estimados em cerca de 20.000 famílias que detém quase um trilhão de dólares da dívida interna do país. Grande parte destes fundos foi reciclada de volta para o Brasil com “investimento externo” através do grande esquema de contas CC5 nos anos 1990. Foi exatamente assim que a dívida interna brasileira explodiu.

Nos detalhes, até hoje ninguém sabe exatamente onde a montanha de dinheiro do caso Banestado foi parar. A “bolsa de cadáver” reconhecidamente nunca foi formalmente trazida de volta de Nova Iorque e nunca foi inserida nos processos criminais. Mesmo assim, é quase certo que a lavagem de dinheiro continua em andamento – se for o caso, o período de prescrição não se aplica – dessa forma, alguém, qualquer um, deveria ser preso. Porém não parece ser o caso, pelo menos por enquanto.

Entrementes, amparado pelo estado profundo, as finanças internacionais e as elites compradoras locais – alguns em uniforme, outros de toga – o golpe da guerra híbrida em câmara lenta contra o Brasil continua em andamento, chegando cada vez mais perto da dominação total.

Isso nos leva à peremptória pergunta final: o que Lula fará em relação a tudo isso?


Comentários

  1. Ana Maria AraYa escreveu, em relação a uma mensagem postada por Pepe Escobar na sua página Facebook:

    I have been deeply touched by several people in Brazil coming up with independent translations of my Money Laundering Scandal from Hell article - which has now been published in the Hong Kong-Washington-Moscow circuit.

    I'm particularly fond of the ultra-professional team at the Vila Mandinga collective in Sao Paulo - who have been translating my stories and columns for many years now.

    If you want to get hold of their brand new translation, give me a shout via messenger and I'll put you in touch with them. Hopefully this one will be on the international Tlaxcala network as well.


    Entretanto o grupo Vila Mandinga escreveu a declarar que a autoria desta tradução é de de btpsilveira, postada neste blog,e aqui estou a fazê-lo, se bem que fosse mais fácil para mim fazê-lo através de um email.
    Com os nossos agradecimentos pelo vosso trabalho de tradução e divulgação.
    Vila Mandinga, Ana Maria Araya, Maria Luísa de Vasconcellos

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas